Olá pessoal,
Gostaria de compartilhar com vocês minha opinião sobre o que vem ocorrendo com cada vez mais frequência nas escolas de idiomas no exterior. O fato é que muitas escolas vem fechando suas portas e os brasileiros vem tendo muitos problemas.
Imagine você matriculado em uma escola, em um país distante, sem domínio da língua e de repente ao chegar para as aulas percebe que a instituição simplesmente fechou as portas, não existe mais.
Um dos motivos (senão o maior) é que é assustador o aumento da demanda de brasileiros que utilizam da desculpa do intercâmbio para imigrar para um destino onde o visto de estudante permite trabalho remunerado.
Com o aumento desta demanda o que aconteceu foi também um absurdo aumento de escolas criadas com o objetivo de "conceder" um visto de estudante para pessoas que na verdade não estão no país exclusivamente com o objetivo de aprender o idioma, mas sim com o intuito de "morar" um tempo fora do Brasil ou quem sabe construir sua vida por lá.
Os países europeus sofreram e ainda sofrem muito com a crise mundial e a Irlanda, mais precisamente a cidade de Dublin, um dos destinos preferidos dos brasileiros, não ficaria de fora e não é surpresa pra ninguém que a cidade hoje não tem mais as mesmas ofertas de trabalho de antes. Ela está cheia de brasileiros e que cada vez mais escolas do gênero encerram suas atividades.
As escolas tradicionais, também estão fechando? Claro que não, olhem o exemplo da Emerald, Kaplan, escolas de referências com anos e anos. Lógico que podem sofrer com a crise e serem afetadas, mas com certeza não estão sendo impedidas pelo governo irlandês de emitirem vistos para seus estudantes.
Nessas horas, o que penso, é bem diferente do que a maioria das reportagens falam sobre o assunto, pois não acredito que os brasileiros sejam enganados, alguns talvez iludidos, mas na maioria dos casos sabem que estão pagando aquilo que irão encontrar lá, mas como o objetivo é "viabilizar uma possível imigração", qualquer escola baratinha tá valendo e ai, não existem dúvidas, têm mesmo é que se preparar para arcar com as consequências.
Essa situação é bem complexa e os que deste artifícios utilizam para se pirulitar de vez para um país ou para pagar bem baratinho em escolas de reputação duvidosa deveriam colocar a mão na consciência antes de reclamar e sair exigindo "seus direitos", afinal, quantos destes alunos que estavam matriculados nestas escolas que fecharam realmente foram para estudar, buscando exclusivamente a essência do intercâmbio? Resposta: poucos!
Se você quer realmente aprender ou aprimorar um idioma, procure ajuda com quem entende do assunto, busque agências especializadas em intercâmbio, de preferência aquelas com anos de experiência no ramo e que buscam trabalhar com escolas sérias e de boa qualidade. A probabilidade de você ter problemas fora do país serão mínimas, sem contar que você terá todo o apoio da agência nesses casos.
Leia abaixo a reportagem do site UOL sobre o assunto.
Imagine você matriculado em uma escola, em um país distante, sem domínio da língua e de repente ao chegar para as aulas percebe que a instituição simplesmente fechou as portas, não existe mais.
Um dos motivos (senão o maior) é que é assustador o aumento da demanda de brasileiros que utilizam da desculpa do intercâmbio para imigrar para um destino onde o visto de estudante permite trabalho remunerado.
Com o aumento desta demanda o que aconteceu foi também um absurdo aumento de escolas criadas com o objetivo de "conceder" um visto de estudante para pessoas que na verdade não estão no país exclusivamente com o objetivo de aprender o idioma, mas sim com o intuito de "morar" um tempo fora do Brasil ou quem sabe construir sua vida por lá.
Os países europeus sofreram e ainda sofrem muito com a crise mundial e a Irlanda, mais precisamente a cidade de Dublin, um dos destinos preferidos dos brasileiros, não ficaria de fora e não é surpresa pra ninguém que a cidade hoje não tem mais as mesmas ofertas de trabalho de antes. Ela está cheia de brasileiros e que cada vez mais escolas do gênero encerram suas atividades.
As escolas tradicionais, também estão fechando? Claro que não, olhem o exemplo da Emerald, Kaplan, escolas de referências com anos e anos. Lógico que podem sofrer com a crise e serem afetadas, mas com certeza não estão sendo impedidas pelo governo irlandês de emitirem vistos para seus estudantes.
Nessas horas, o que penso, é bem diferente do que a maioria das reportagens falam sobre o assunto, pois não acredito que os brasileiros sejam enganados, alguns talvez iludidos, mas na maioria dos casos sabem que estão pagando aquilo que irão encontrar lá, mas como o objetivo é "viabilizar uma possível imigração", qualquer escola baratinha tá valendo e ai, não existem dúvidas, têm mesmo é que se preparar para arcar com as consequências.
Essa situação é bem complexa e os que deste artifícios utilizam para se pirulitar de vez para um país ou para pagar bem baratinho em escolas de reputação duvidosa deveriam colocar a mão na consciência antes de reclamar e sair exigindo "seus direitos", afinal, quantos destes alunos que estavam matriculados nestas escolas que fecharam realmente foram para estudar, buscando exclusivamente a essência do intercâmbio? Resposta: poucos!
Se você quer realmente aprender ou aprimorar um idioma, procure ajuda com quem entende do assunto, busque agências especializadas em intercâmbio, de preferência aquelas com anos de experiência no ramo e que buscam trabalhar com escolas sérias e de boa qualidade. A probabilidade de você ter problemas fora do país serão mínimas, sem contar que você terá todo o apoio da agência nesses casos.
Leia abaixo a reportagem do site UOL sobre o assunto.
- Protesto de alunos da escola MEC, na Irlanda, que fechou e deixou brasileiros na mão
A possibilidade de trabalhar e aprender inglês tornam a Irlanda um país atrativo para quem deseja fazer um intercâmbio. No entanto, o sonho de alguns estudantes virou um problema. Em abril deste ano, cerca de 600 brasileiros, alunos de duas escolas irlandesas, foram surpreendidos com a notícia de que seus cursos estavam suspensos e sua escola fecharia.
É com essa situação que precisam lidar os alunos da MEC (Modern Educational Centre) e da NCBA (National College of Business Administration), que estão com as aulas paralisadas e não podem mais solicitar vistos para seus alunos. Os donos das instituições não foram encontrados para comentar.
Nenhuma das instituições justificou oficialmente o congelamento das atividades, mas a razão aparente é a falta de dinheiro. A MEC, por exemplo, emitiu uma nota em 16 de abril, afirmando que a empresa passa por dificuldades financeiras. Segundo a nota, mudanças na legislação do setor exigiram melhorias na qualidade das escolas. Professores e funcionários estavam sem pagamento e entraram em greve.
Apesar de parte das novas regras estar suspensas por uma liminar da Justiça (o pacote de mudanças deveria entrar em vigor em janeiro deste ano), as escolas já sentem a pressão, de acordo com o oficial de comunicações do ICOS (Conselho Irlandês para Estudantes Internacionais, em português), Dave Moore.
"Mesmo o pacote não estando totalmente em vigor, algumas mudanças já foram feitas, como mais fiscalização. Dessa forma, mesmo que as novas leis não estejam vigorando, muitas escolas estão simplesmente fechando e abandonando os alunos e funcionários sem respaldo, pois elas sabem o que virá no futuro", afirmou.
Segundo o governo, os problemas no setor não foram causados pela reforma nas leis. "Desde setembro de 2014, quando as mudanças nas leis foram anunciadas, a MEC recebeu 684 novos alunos, totalizando 1235 em abril de 2015. Esse crescimento mostra um cenário contrário ao afirmado pela instituição. Os problemas do setor não foram causados pela reforma, mas sim pelas próprias atitudes das escolas", declarou um porta voz do Serviço Irlandês de Naturalização e Imigração.
É com essa situação que precisam lidar os alunos da MEC (Modern Educational Centre) e da NCBA (National College of Business Administration), que estão com as aulas paralisadas e não podem mais solicitar vistos para seus alunos. Os donos das instituições não foram encontrados para comentar.
Nenhuma das instituições justificou oficialmente o congelamento das atividades, mas a razão aparente é a falta de dinheiro. A MEC, por exemplo, emitiu uma nota em 16 de abril, afirmando que a empresa passa por dificuldades financeiras. Segundo a nota, mudanças na legislação do setor exigiram melhorias na qualidade das escolas. Professores e funcionários estavam sem pagamento e entraram em greve.
Apesar de parte das novas regras estar suspensas por uma liminar da Justiça (o pacote de mudanças deveria entrar em vigor em janeiro deste ano), as escolas já sentem a pressão, de acordo com o oficial de comunicações do ICOS (Conselho Irlandês para Estudantes Internacionais, em português), Dave Moore.
"Mesmo o pacote não estando totalmente em vigor, algumas mudanças já foram feitas, como mais fiscalização. Dessa forma, mesmo que as novas leis não estejam vigorando, muitas escolas estão simplesmente fechando e abandonando os alunos e funcionários sem respaldo, pois elas sabem o que virá no futuro", afirmou.
Segundo o governo, os problemas no setor não foram causados pela reforma nas leis. "Desde setembro de 2014, quando as mudanças nas leis foram anunciadas, a MEC recebeu 684 novos alunos, totalizando 1235 em abril de 2015. Esse crescimento mostra um cenário contrário ao afirmado pela instituição. Os problemas do setor não foram causados pela reforma, mas sim pelas próprias atitudes das escolas", declarou um porta voz do Serviço Irlandês de Naturalização e Imigração.
Professores sem pagamento:
Ciara Lane, 29, trabalhava como professora na MEC. Ela afirma que a instituição ainda possui dívidas com ela. "Atualmente eles me devem quatro semanas de trabalho, que equivalem a 985 euros (cerca de R$ 3.335). A última promessa que recebi foi no dia 17 de abril, mas não foi cumprida", contou.
Além do dinheiro perdido (já que dificilmente há reembolsos nesses casos), o encerramento do curso pode até mesmo comprometer a permanência dos alunos no país. Isso acontece porque o visto de estudante só é válido somente enquanto o intercambista estiver matriculado, com duração máxima de um ano.
Quem está tentando lidar com a questão do visto é Filipe Coppi, 20, de Camboriú (SC), ex-aluno da MEC. Ele investiu cerca de R$ 2.000 no curso e está com o visto de turismo, que dura três meses, expirado. "Eu vim para Dublin com mais três amigos. Chegamos dia 28 de Janeiro, o tempo foi passando e os problemas começaram. A MEC perdeu os selos de qualidade e surgiram as preocupações. Ainda não consegui tirar meu visto de estudante por conta da MEC ter entrado nesse processo de fechamento", afirmou.
Junto com outros alunos, Coppi pediu ajuda ao governo brasileiro, por meio da embaixada do país na Irlanda. Apesar de não fazer promessas, o embaixador brasileiro Afonso Cardoso afirmou que tentará auxiliar os intercambistas.
"Eu solicitei que os estudantes nos enviassem os nomes e dados de todos que se sentiram prejudicados. Dessa forma, podemos mostrar ao governo irlandês que eles foram lesados e pedir cooperação", disse. Cardoso, no entanto, não especificou o que seria possível fazer pelos brasileiros, como uma extensão do visto temporário ou realocação em outras escolas.
Em um comunicado, o departamento de imigração da Irlanda afirmou que os vistos expedidos pela MEC não serão revogados. Já os estudantes que estão na mesma situação de Felipe terão até dia 1º de junho para regularizarem sua situação.
A reforma:
Assim como a MEC e a NCBA, outras 13 escolas da Irlanda tiveram seu funcionamento interrompido nos últimos 12 meses. A quantidade de alunos desamparados foi tão grande que motivou o governo a endurecer as regras do setor.
As novas leis têm três pontos fundamentais:
Somente escolas com certificados de qualidade emitidos pelo governo poderiam solicitar vistos para os estudantes. Os selos, nas leis antigas, são opcionais.
Mais fiscalização, com o objetivo de evitar que haja fraudes no sistema e a qualidade do ensino caia.
Padronização na licença de trabalho. Anteriormente, os alunos podiam trabalhar 40 horas semanais sempre que estavam de férias e 20 nas outras épocas. No modelo novo, os intercambistas só podem trabalhar a quantia maior de horas nos meses de maio, junho, julho, agosto e entre 15 de dezembro e 15 de janeiro.
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